quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Desenhos sobre desenhos !


Desenhos que se formam quando tocam noutros desenhos !
Imagina conseguires ver os desenhos rebatidos de um diário gráfico fechado !
Fica atento !

4 comentários:

  1. E posso ver devagarinho?

    ResponderEliminar
  2. com paciência, se for fazendo print screen :)
    (eles serão impressos, mais tarde ou mais cedo, para poder folheá-los à velocidade pretendida).

    ResponderEliminar
  3. Por falar em rebatimento: comecei a pensar que quando pego num caderno de desenhos (meu ou de alguém) começo a folhear da contra capa para a capa. (também faço isso quando lei-o um jornal e revistas....!!!) Quando um caderno é exposto a alguém, acontece uma espécie de paradoxo para o público: parece que estamos a ser aceites no espaço daquele caderno, mas na realidade estamos a ser excluídos dele. Não havendo indicação prévia do seu autor sobre a lógica construtiva do caderno, a pessoa que tem acesso ao mesmo, pode criar uma outra compreensão cronológico-narrativa. A pessoa que vê o caderno pode abri-lo em qualquer página, e seguir uma ordem completamente aleatória, possivelmente bastante diferente da ordem de criação do autor. Quando isso acontece, o público está a afastar-se da lógica construtiva original e por isso a recepção dos conteúdos pode originar significados bastante diferentes dos criados pelo autor. E é por isso que o sentido de exclusão acontece: não se pode reclamar uma mesma compreensão quando os signos são "lidos" de forma diferente. Essa recepção que pode não corresponder à ordem do autor, dá ao caderno uma característica de ser hermético e ao mesmo tempo, penetrável. Só possível quando o espaço tem características heterotópicas.

    ResponderEliminar
  4. Olá marco.
    Penso que isso se sucede com qualquer objeto artistico. No caso do caderno é subentendido pelo espetador que ha uma ordem de leitura, provavelmente pelo facto do diário gráfico ter o mesmo formato de um livro (esse sim, é construído obedecendo a regra ocidental do "esquerda para a direita, de cima para baixo").
    Voltando ao objeto artisitico e à sua leitura, interessa-me bastante o facto do espetador ter uma leitura diferente relção ao objeto que tem a sua frente. No meu caso, é essa possibilidade que me inspira quando penso em comunicar/partilhar. Vou criando pontes - com a ajuda de metáforas - para enalteçer algumas ideias, mas tendo consciência que essas pontes podem levar a várias leituras. Cria-se assim um certo paradoxo, e é esse paradoxo - semelhante ao que existe no diário gráfico como sendo hermético e penetrável ao mesmo tempo - que me faz ter vontade de criar/partilhar novas leituras a partir de algo inanimado, que como bem sabemos, terá coisas novas para dizer até ao seu ultimo espetador (independentemente de ser, ou não, lido de trás para a frente).

    ResponderEliminar